F AFN - Arraial Ferreira Neto

Zona de identificação

Código de referência

PT/MTVR/AFN

Título

Arraial Ferreira Neto

Data(s)

  • 1852-1994 (Produção)

Nível de descrição

F

Dimensão e suporte

8 caixas; 56 maços; 27 livros; 55 cadernetas; 1,74 m.l.

Zona do contexto

Nome do produtor

(1852 - 1994)

História biográfica

A pesca do atum sempre deteve um papel importante a nível económico, comercial e social para a região algarvia e para o país desde a Idade Média, daí que a pescaria do atum detivesse o estatuto de “pescaria real” e figurava como direito exclusivo da Coroa. Assim, com o evoluir dos tempos, surge em 1835 a Companhia de Pescarias do Algarve em substituição, por encerramento, da Companhia Geral das Pescarias Reais do Reino do Algarve. Esta virá assegurar e administrar a atividade piscatória em vários pontos do Algarve, entre elas a Armação Medo das Cascas.
Em 1943, fruto da demolição por ação do mar, a Armação Medo das Cascas deixou de existir e tornou-se imperioso arrendar ou comprar um espaço para a construção do novo arraial próximo da Armação. O terreno para as novas instalações foram então adquiridas à Direção-Geral dos Serviços Hidráulicos, dado ser uma zona de domínio público portuário, num local mais recuado da barra de Tavira, no sítio das Quatro-Águas, junto ao Forte do Rato, para garantir que tanto os materiais como as pessoas ficariam longe do alcance das marés e iria intitular-se de Arraial Ferreira Neto em honra do administrador que presidiu os destinos da Companhia de 1900 a 1935.
Desta forma, em 1943, o Eng.º. Civil José de Sousa Lino, elaborou o projeto arquitetónico que resultou no futuro Arraial da Armação, com um espaço de 37.500m2 . Iniciada a construção, em maio de 1943 pode ser oficialmente inaugurada a parte construída em 15 de abril de 1945, contudo as obras só ficaram totalmente concluídas em 1949 com a construção da Ermida de Nossa Sr.ª. do Carmo.
Com o declínio das capturas do atum, que se iniciou no ano de 1961, a sua importância foi diminuindo até 1971, ano em que o Arraial Ferreira Neto viu partir do seu cais a ultima armação para a faina. Deixou assim de cumprir a finalidade para que fora destinado e data de então a sua desafetação total.
No ano que se seguiu ao 25 de Abril de 1974 a Companhia das Pescarias do Algarve alugou este complexo à Câmara Municipal de Tavira para aí alojar os retornados das ex-colónias. A desocupação total do arraial por parte dos retornados só se deu em 1994, data em que a Câmara Municipal entregou novamente este complexo à Companhia das Pescarias do Algarve.
Atualmente, este complexo é pertença do operador turístico e hoteleiro Vila Galé que transformou o antigo Arraial num luxuoso complexo hoteleiro de grande valor estético de 5 estrelas denominado Hotel Albacora. Foi precisamente o Grupo Vila Galé que, aquando da reestruturação do espaço, decidiu doar à Câmara o espólio documental e algumas peças museológicas .

Entidade detentora

História do arquivo

A histórica custodial deste fundo não é conhecida na totalidade. Pertenceu à Companhia de Pescarias do Algarve até 2000, ano em que esta entidade decidiu doar todo o espólio à Câmara Municipal de Tavira. Aquando da doação o espólio esteve temporariamente à guarda da Divisão de Património e Reabilitação Urbana (DPRU) para proceder-se ao levantamento do espólio documental e museológico.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Doação feita à Câmara Municipal de Tavira através de protocolo assinado em 2000/09/01, aprovado em reunião de Câmara de 2000/06/28 pela acta número 26/2000.

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Documentação produzida e reunida por Arraial Ferreira Neto durante a sua actividade piscatória e comercial de 1852 a 1994.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

Á data da doação a documentação não estava organizada, contudo durante a sua permanência na DPRU a documentação foi organizada por ordem cronológica. Desde que se encontra à guarda do Arquivo Municipal de Tavira a organização do fundo obedeceu à natureza dos documentos .

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Documentação de acesso público, excepto aquela que contenha dados sensíveis ao abrigo do artº 17º do Decreto-Lei nº 16/93 de 23 de Janeiro

Condiçoes de reprodução

A reprodução de documentos está sujeita a algumas restrições, consoante o estado de conservação dos documentos, o tipo de documento ou o fim a que se destina.

Idioma do material

  • português

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Estado de conservação satisfatório.

Instrumentos de descrição

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Para além dos documentos à guarda do Arquivo Municipal de Tavira, também se encontra documentação referente a este fundo no Arquivo Distrital de Faro, no fundo Companhia de Pescarias do Algarve e que pode ser acedida através da seguinte hiperligação: http://digitarq.adfar.arquivos.pt/details?id=984995

Descrições relacionadas

Zona das notas

Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assuntos

Pontos de acesso - Locais

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso de género

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

Zona da incorporação

Assuntos relacionados

Pessoas e organizações relacionadas

Géneros relacionados

Locais relacionados

Depósito físico

  • Depósito: A